terça-feira, 11 de junho de 2013

Trabalho e satisfação: mecanismo que leva à felicidade

O Butão, um pequeno reino encrustado na cordilheira do Himalaia, considerado um dos países mais felizes do mundo, trocou o conceito do Produto Interno Bruto (PIB) pelo de Felicidade Interna Bruta (FIB). Neste país, o importante é ser feliz! Quando trago esse conceito à realidade das organizações no Brasil observo que, de alguma forma, esse método de gerenciamento já faz parte do universo dos profissionais e negócios bem-sucedidos. A tendência mundial é unir trabalho e satisfação, porque é fato comprovado que a produtividade aumenta em proporção direta à satisfação das pessoas envolvidas, uma condição que está associada a uma pessoa feliz e só traz benefícios: lucro, reconhecimento, realização, tranquilidade, alegria e bem-estar.
Cada vez mais as organizações estão buscando profissionais que se destacam por suas qualidades humanas e pela aptidão de aumentar seus recursos e suas potencialidades de forma contínua e integrada. As empresas modernas valorizam as pessoas harmoniosas e equilibradas, capazes de aliar à competência, à habilidade e à eficiência no trabalho também a alegria e a afetividade com que marcam sua vida, e, igualmente, levam para a vida pessoal o respeito e o empenho que dedicam ao trabalho – nesse cenário não cabe mais uma pessoa compartimentada e sim integrada em qualquer circunstância.
Um profissional de bem com a vida e feliz tem satisfação em exercer as atividades do dia a dia, é mais produtivo e impulsiona o crescimento na sua carreira. A felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida, desenvolvida, aprimorada, gerenciada em todas as áreas da vida, inclusive na carreira. Ela está associada a características como alegria, criatividade, autoestima, assertividade e uma pessoa com essas condições têm posicionamento e atitudes diferenciadas:
§  São mais rápidas para tomar decisões importantes;
§  São menos afetadas por doenças e acidentes;
§  Têm mais amigos e levam uma vida social mais saudável;
§  São mais criativas e produtivas;
§  São menos egoístas e mais solidárias;
§  São menos reativos e mais proativos;
§  E, importantíssimo, reagem positivamente às situações de adversidade e têm controle sobre o seu estado de espírito – afinal, também podem ser afetadas pela TPM hormonal, pelo trânsito, por uma demissão inesperada.
O mais interessante de tudo isso é que podemos exercitar a habilidade de ser feliz! Faça um balanço do seu dia a dia e observe qual o percentual de coisas boas e de coisas ruins que tem acontecido. Você poderá se surpreender ao ver que aconteceram mais coisas boas do que ruins e que o resultado final é bom. Tenho repetido muitas vezes em minhas palestras que a vida está cheia de feijão bom e, por incrível que pareça, quando faço essa simples associação as pessoas se despertam para uma nova realidade.
O hábito de identificar as coisas boas pode ser exercitado desde a infância. Imagine a criança que chega da escola e escuta do pai ou da mãe perguntas como: o que você aprendeu de bom hoje? O que você gostou de fazer? Foi tudo bem na escola? O hábito de destacar as coisas boas e realmente importantes pode ser desenvolvido. Se isso não faz parte do seu dia a dia, que tal perguntar às pessoas do seu convívio o que aconteceu de bom no dia delas? Faça isso e muito provavelmente perceberá quantas coisas gratificantes têm acontecido ao seu redor. A felicidade está em momentos simples do cotidiano. Quem é feliz e, por isso mantém um largo sorriso estampado no rosto, permanece em um estado de inteligência elevado e isso, sem dúvida, é um grande diferencial no mundo dos negócios.
Por Leila Navarro.  Autora de treze livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento a prova de crise”, “Confiança, a chave para o sucesso pessoal e empresarial” e “Confiança, o diferencial do líder”  http://www.franciscocastro.com.br/blog/

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