segunda-feira, 17 de junho de 2013

O grupo JBS acelera, cresce e torna-se global, mas deve respeitar os produtores brasileiros

O grupo JBS em sete de junho de 2013 comprou a Seara Alimentos do grupo Mafrig por R$ 5,85 bilhões, tornando-se como a principal fornecedor no mundo de alimento de origem animal. O nome é originado das iniciais de  José Batista Sobrinho que fou o fundador do grupo. Em 1953 ele abriu o açougue “Casa de Carne Mineira”, na cidade de Anápolis, no estado de Goiás. Daquele tempo para cá a empresa só cresceu até chegar ao nível atual com os filhos do fundador. Atualmente, os irmãos Joesley Batista, 41 anos, e Wesley Batista, 43, presidente do conselho e CEO da JBS, respectivamente, são os responsáveis pelo crescimento acelerado do grupo de empresas com o selo JBS.
Na transação finalizada na semana passada, a empresa controlada pelo clã Batista, que em 2006, quando se transformou numa companhia de capital aberto, trocou o antigo nome Friboi pelo atual JBS, deverá ter um faturamento aproximado de R$ 100 bilhões, neste anos,  tornando-se a maior empresa brasileiro do setor privado não pertecente ao setor financeiro. Além disso, a JBS é a maior empresa do mundo no abate de bovinos e frangos. Além da JBS, a família também possui outros negócios como a Eldorado Celulose, a laticínios Vigor e o Banco Original. 
Com a compra da Seara, o grupo passa a ter capacidade de abater 12 milhões de aves por dia. Além disso, torna-se a segunda força do País em alimentos processados, ficando atrás da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.
Com a compra, o JBS deverá incorporar um faturamento estimado de R$ 10 bilhões ao seu faturamento anual. Apesar de haver um certo descrédito no mercado com relação ao êxito dessa incorporação, refletido na queda das ações no mercado e pelo fato das agências de classificação de risco Moody’s e Fitch  terem colocado o rating da processadora de carnes em “observação negativa”, espera-se que o grupo se sairá bem nessa transação. Mesmo com o nível de endividamento do grupo que é estimado em R$ 21 bilhões.
Logo após a transação, o grupo que vendeu a Seara, o Marfrig teve os seus papéis valorizados no mercado, chergando a subir 11%. O grupo que comprou, o JBS, teve uma redução de 6,67% nos preços de suas ações. O mercado fica com um pé atrás, mesmo observando todo o vigor e o apetite do grupo, porque teme fatores importantes na desestabilidade nos mercados internos e externos além de desarranjos dentro do próprio grupo que possam levá-lo a algum tipo de dificuldade na geração de lucros e, consequentemente, diminuição dos rendimentos dos investidores.
O que esperamos, como brasileiros e defensores da ética, do respeito às leis e às pessoas, é que esse grupo continue crescendo com todo o vigor, força e eficiência, mas tenha em sua cultura o respeito ao povo brasileiro, respeitando a ética, ajudando os pequenos produtores. Nunca deve agir destruindo os sonhos de pequenos e médios produtores com sua política agressiva de eliminar toda e qualquer concorrência, por menor que possa ser. Seria desejável que se formasse parcerias com os centenas de milhares de produtores na agropecuária espalhados por todo o Brasil.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário