quarta-feira, 12 de junho de 2013

Felicidade, ambição e o desejo de ganhar mais do que todas as outras pessoas

“Mais da metade dos empregados do mundo reclama de seu trabalho”, diz a Você RH. O que está causando esse fenômeno e até que ponto a empresa é responsivel?
Vicky Bloch, consultora e coach diz que vivemos uma crise de valores, onde “a vida não vale nada”.  Além disso, estamos aprendendo desde cedo a cobiçar o que não temos. Se não temos ambição, somos marginalizados. Outro dia me assustou muito o comentário de um amigo, do qual gosto demais e respeito muito tanto pessoalmente quanto profissionalmente (talvez por isso tenha me assustado). Estava falando sobre a importância que vejo em levar minhas filhas para verem projetos sociais pois, apesar de pequenas, acho importante conhecerem diferentes realidades, etc. Esse amigo achou interessante, mas disse que queria saber como ensinar a filha a ter ambição. Confesso que nunca tinha pensado nisso! Fico pensando em como ensinar minhas filhas a serem felizes.
Será que é isso? Somos criados para sermos melhores que os outros e, senão o somos, nós nos cobramos, a sociedade nos cobra? Existe aquela famosa pesquisa (não me lembro mais os valores exatos – os valores eguintes são simbólicos) onde perguntaram às pessoas se elas preferiam ganhar R$ 1.000,00 onde todos ganhavam R$ 500,00, ou ganhar R$ 2.000,00 onde todos ganhavam R$ 5.000,00.
Pode parecer absurdo, mas a grande maioria preferia ganhar menos individualmente, mas ganhar mais do que os outros.
Embora eu acredite que as empresas têm sim sua responsabilidade com os funcionários, acredito mais que cada um é responsável pela própria vida e por sua felicidade. Diz Vichy Bloch novamente que “a felicidade é um estado de espírito, portanto individual. O que gera esse estado é diferente para cada um porque depende do context social, educacional e familiar em que foi criado”.
Cada vez mais será necessário respeitar as vontades, ambição e interesses de cada um. Se uma pessoa quer trabalhar 12h por dia, ter um nível de preocupação gigante, pois quer ganhar mais, tudo bem. Da mesma forma, deveria estar tudo bem se alguém quer trabalhar 8h, sem estresse, e ganhar menos. Só é difícil com o nível de concorrência que temos hoje em dia querer trabalhar as 8h, sem estresse, e ganhar o tal salário alto.  Além disso, todo mundo, inclusive nós mesmos, precisamos saber que há ônus e bônus atrelados a cada decisão.
Só para terminar, diz Mario Sergio Cortella, filosofo e professor da PUC SP que “Felicidade é um estado de vibração intense. Nenhum de nós está feliz o tempo todo, nem poderia. A felicidade está apoiada na ausência: você só é feliz porque não está feliz o tempo todo”.
E você, já descobriu o que te faz feliz? E o mais importante, está disposto a ouvir?
Por Fernanda Lopes de Macedo Thees, administradora e mestre em Psicologia Organizacional pela University of New Haven, nos EUA.    http://www.franciscocastro.com.br/blog/

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